Apresentação



Sejam todas e todos muito bem vindos e bem vidas.


Até algum tempo atrás este blog reverberava um pouco do trabalho docente que realizava através de um grupo de estudo e pesquisas. Mas a hora de encostar as chuteiras chegou mais cedo, pois houve um imprevisto e tive que me afastar para cuidar da saúde.

O grupo até então existente acabou-se, mas a vontade de continuar falando ao mundo sobre minhas ideias educacionais não morreu, Por esse motivo estou remodelando por completo este blog, Espero continuar a merecer a vossa visita.

Grato!

sábado, 4 de janeiro de 2020

04 - OS DESCAMINHOS DA EDUCAÇÃO


A pensar com o atual governo, a educação é um produto quase desnecessário e ele mesmo apresenta suas justificativas. Nós que temos que estar atentos aos movimentos que vão sendo feitos para tentarmos uma destas duas coisas: ou impedir que seja feito, ou procurar minimizar o efeito catastrófico que cada ação do governo gera.

Os governos, de um modo geral, se preocupam na justa medida com a melhoria dos meios de produção que geram riqueza da qual passam a usufruir. Este nosso governante é, no mínimo, um ignorante no que diz respeito até à governação de sua casa. Contrário à posição dos demais governos, em vez de criar empregos tudo faz para eliminar os já existentes, acreditando eu – e me desculpem se estiver errado – que as reservas monetárias que existem no país serão suficientes para satisfazer a sua loucura administrativa.

Um dos meios mais certeiros que ele tem para acabar com o emprego no país é, sem sombras de dúvidas, acabar com a escola e o conhecimento que ela pode produzir. Ele sabe que um povo analfabeto é mais fácil de dominar – e pelas vias cabais obrigar a produzir riqueza a um custo muito baixo propiciando assim lucros astronômicos para si e seus apoiadores, os banqueiros que são piores que o Tio Patinhas – portanto não devemos nos admirar com os ataques quase diários que educação vem sofrendo.

Recentemente atacou o conteúdo dos livros didáticos – “Tem muita coisa escrita ali, é preciso aliviar” – o que significa que quer reduzir ao mínimo a possibilidade de o povo criar uma consciência crítica. A nós, professores, cabe a tarefa cada dia mais árdua de produzir e reproduzir material de qualidade para ofertar aos nossos alunos, deixando sobre a mesa aberto o material que eles impuserem para que possamos nos defender em caso de “inspeção” que acreditem virá. Tenho esse pressentimento que haverá a maior vigilância sobre o fazer pedagógico de cada um de nós, mas do mesmo jeito que aprendemos a evitar “a cola” do aluno, saberemos inventar e compartilhar sistemas para ludibriar a fiscalização. Sou dos que costumo dizer: “O aluno consegue mil maneira de enganar o professor”, mas “o professor consegue mil e uma maneiras de não se deixar enganar”. Creio seja este um caminho.

Lembremos sempre que contra os fascistas é preciso lutar a cada segundo que se passa e ficar alertas para os ataques que eles costumam perpetuar na calada da noite ou na maior cara de pau deste mundo, desde que não se ofereça resistência.

#FASCISTASNÃOPASSARÃO  

domingo, 29 de dezembro de 2019

03 - Nova situação social


Embora silenciosamente, há muito eu esperava para poder anunciar esta minha nova condição social: finalmente, após dois anos de espera, a tão sonhada aposentadoria chegou. Agora sou um homem velho, aposentado, mas com a cabeça cheia de ideias; Vocês nem imaginam a batalha de ideias que se trava dentro da minha cachola. 

Mas não poderei ousar demasiado, considerando que fui aposentado por invalidez, por conta de um processo de hemodiálise que sou obrigado a fazer, pois suas excelências - os meus rins - resolveram parar os dois ao mesmo tempo. Coisas da vida, nas quais, acredito, não podemos interferir de modo mais efetivo.

É certo que não poderei desenvolver mais nenhuma atividade remunerada, mas nada me impede de trabalhar usando o meu intelecto. Tenho, aliás, mais liberdade de falar algumas coisas que não ousava falar mais diretamente, pois o medo das represálias está sempre presente, por mais "revolucionários" que desejemos nos mostrar. Quem é servidor público e ainda se encontra em plena atividade sabe perfeitamente que aqui e acolá é obrigado a engolir um sapo, quando não uma carrada deles. 

Hoje. apenas como cidadão crítico que me considero, posso e devo usar de toda a minha liberdade de expressão para dizer coisas que antes relutava em dizer abertamente. É uma das vantagens de se atingir o estágio em que me encontro. 

Falar em Educação escolar, era para mim um exercício bastante penoso justamente por saber que na situação profissional em que me encontrava tinha que me valer do "politicamente correto" para não sofrer, quer por parte da administração, quer pela parte dos colegas de trabalho aquela discriminação que nos deixa em frangalhos. Algumas vezes extrapolei (aos olhos deles) e senti na pele a fisgada do chicote que cada um de nós carrega para açoitar aqueles que ousam ir contra os nossos princípios que consideramos mais rudimentares. Hoje estou mais liberto. Hoje posso dizer aquilo que fui calando (ou dizendo "à boca pequena" ao longo dos tantos anos que vivenciei o chão da escola e/ou da universidade.

Neste espaço, a partir de agora, poderei expor meus pontos de vista, minhas opiniões e até resultados de pesquisas que realizei e estão guardados nas prateleiras da universidade e não chagaram ao conhecimento público. Claro que apontarei para os responsáveis pela falta de divulgação desses dados. É só irem aguardando e acompanhando o blog.

Dada a notícia, vou ficando por aqui. Breve trarei novidades.