A pensar com o atual governo, a
educação é um produto quase desnecessário e ele mesmo apresenta suas
justificativas. Nós que temos que estar atentos aos movimentos que vão sendo
feitos para tentarmos uma destas duas coisas: ou impedir que seja feito, ou procurar
minimizar o efeito catastrófico que cada ação do governo gera.
Os governos, de um modo geral, se
preocupam na justa medida com a melhoria dos meios de produção que geram
riqueza da qual passam a usufruir. Este nosso governante é, no mínimo, um
ignorante no que diz respeito até à governação de sua casa. Contrário à posição
dos demais governos, em vez de criar empregos tudo faz para eliminar os já
existentes, acreditando eu – e me desculpem se estiver errado – que as reservas
monetárias que existem no país serão suficientes para satisfazer a sua loucura
administrativa.
Um dos meios mais certeiros que
ele tem para acabar com o emprego no país é, sem sombras de dúvidas, acabar com
a escola e o conhecimento que ela pode produzir. Ele sabe que um povo
analfabeto é mais fácil de dominar – e pelas vias cabais obrigar a produzir
riqueza a um custo muito baixo propiciando assim lucros astronômicos para si e
seus apoiadores, os banqueiros que são piores que o Tio Patinhas – portanto não
devemos nos admirar com os ataques quase diários que educação vem sofrendo.
Recentemente atacou o conteúdo
dos livros didáticos – “Tem muita coisa escrita ali, é preciso aliviar” – o que
significa que quer reduzir ao mínimo a possibilidade de o povo criar uma
consciência crítica. A nós, professores, cabe a tarefa cada dia mais árdua de
produzir e reproduzir material de qualidade para ofertar aos nossos alunos,
deixando sobre a mesa aberto o material que eles impuserem para que possamos
nos defender em caso de “inspeção” que acreditem virá. Tenho esse pressentimento
que haverá a maior vigilância sobre o fazer pedagógico de cada um de nós, mas
do mesmo jeito que aprendemos a evitar “a cola” do aluno, saberemos inventar e
compartilhar sistemas para ludibriar a fiscalização. Sou dos que costumo dizer:
“O aluno consegue mil maneira de enganar o professor”, mas “o professor
consegue mil e uma maneiras de não se deixar enganar”. Creio seja este um
caminho.
Lembremos sempre que contra os
fascistas é preciso lutar a cada segundo que se passa e ficar alertas para os
ataques que eles costumam perpetuar na calada da noite ou na maior cara de pau
deste mundo, desde que não se ofereça resistência.
#FASCISTASNÃOPASSARÃO